quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Infinito

Quantas vezes eu já tinha tentado dormir naquele sofá. Olhava o relógio incessantemente a cada 3, 4 ou 5 minutos. A sensação de ter alguém inconveniente na sala se tornava cada vez mais concreta.
Minha cabeça voltou a pensar compulsivamente e aquela música que eu odeio compunha a trilha dos meus pensamentos - "Merda de vida".
Sono, eu estava com muito sono e nada de conseguir dormir. Sentei no sofá e olhei pela janela as estrelas no céu. De repente senti falta de você, você que não me faz a mínima falta. Você que nos pôs uma vírgula que talvez seja um ponto, mas que parece uma reticências.
É isso que me incomoda, que me acorda e me faz pensar. É esse fim inacabado, a vontade de esquecer, o medo de querer, lembrar, saber o fim. O infinito concluído sem explicações. Como meu sono que parecia eterno, mas que foi interrompido por "alguém inconveniente na sala". Como tudo, como sempre, como no passado e sempre, como no presente e sempre, como sempre e sempre...

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